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quarta-feira, 13 de março de 2013
ARIZONA BAR, DEPOIS ARIZONA BIG SALOON - ADRENALINA DO FAR WESTERN EM BUÍQUE PARA COMPLETAR, CALIFÓRNIA DRINKS E O CINE NEVADA
Em início da década
de 60, eu e meus familiares fomos morar em São Paulo, mais precisamente
em Ribeirão Pires, se não me engano, área geográfica que ainda faz
parte da região metropolitana do Estado de São Paulo, mas é a próxima
cidade depois de Mauá. Não vou entrar nas mesmas conversas de picuinhas
de sempre, que essa história já contei de cor e salteado a meio mundo de
gente. Quem não ouviu é porque não teve o menor interesse ou porque lhe
era de pouca importância essa saga de pau-de-arara que sai daqui, vai
para São Paulo tentar à sorte pra ver se consegue uns trocados, e depois
de conseguir alguns trocados, passa a viver por conta própria e como
bem pode, trabalhando com honradez e dignidade. Já disse e torno a
dizer, que nada na vida da gente foi fácil, mesmo assim, somos
sobreviventes dessa maratona de ir à São Paulo e voltar ileso, talvez
nem tanto, mas pelo menos, ainda inteiro e com forças bastante e
suficiente, para continuar na frente de batalha, que sempre foi o meu
campo de luta e de meus demais familiares.
Não posso dizer que nada foi fácil, mas conseguimos ultrapassar toda sorte de dificuldades que àquela gente procurou nos impor e sobrevivemos a mais uma odisseia de agonia de nossas vidas como seus passageiros. E aqui estamos de volta desde o início da década de 70, mais precisamente em 1972. Aqui meu irmão mais velho, o primogênito Miltinho, comprou um bar, de aparência rudimentar, como era próprio da época, na Praça Major França, onde hoje funciona uma padaria, mas tudo indicava que com jeito, muito trabalho, dedicação, com certeza a coisa iria dar certo, afinal de contas, a gente estava tocando à frente, pela primeira vez, algo que era nosso, sem precisar dar satisfação a patrão algum, afinal de contas, podíamos fazer o nosso próprio horário e o esticarmos também até aonde pudéssemos aguentar na labuta do dia a dia. A coisa pegou e começamos com muita luta e garra a nossa tarefa de fazer algo de novo em Buíque e foi assim, que surgiu o ARIZONA BAR, depois ARIZONA BIG SALOON, pela influência americaniza que trouxera à tiracolo da influência paulistana, como nos filmes de Far West. Jurandir de João Grosso, querendo nos imitar, não mediu esforços e, para concorrer, abriu o CALIFÓRNIA DRIKS, que era realmente um bar primoroso todo feito à mão como se estivéssemos realmente no velho Oeste Americano. Era um americanismo danado, até mesmo parecia que estivéssemos em Buíque, mas num pedaço do velho Oeste Americano. Mas conseguimos sobrevir. Quem começava tomar as suas no Arizona Bar, geralmente dava uma passadinha no Califórnia e vive-versa.Eram os bares coqueluches do momento em Buíque, disto ninguém pode discordar. Existia o que mais de moderno se poderia oferecer à clientela, desde música da melhor qualidade da época, às cafonices que faziam o gosto dos frequentadores.
Não posso dizer que nada foi fácil, mas conseguimos ultrapassar toda sorte de dificuldades que àquela gente procurou nos impor e sobrevivemos a mais uma odisseia de agonia de nossas vidas como seus passageiros. E aqui estamos de volta desde o início da década de 70, mais precisamente em 1972. Aqui meu irmão mais velho, o primogênito Miltinho, comprou um bar, de aparência rudimentar, como era próprio da época, na Praça Major França, onde hoje funciona uma padaria, mas tudo indicava que com jeito, muito trabalho, dedicação, com certeza a coisa iria dar certo, afinal de contas, a gente estava tocando à frente, pela primeira vez, algo que era nosso, sem precisar dar satisfação a patrão algum, afinal de contas, podíamos fazer o nosso próprio horário e o esticarmos também até aonde pudéssemos aguentar na labuta do dia a dia. A coisa pegou e começamos com muita luta e garra a nossa tarefa de fazer algo de novo em Buíque e foi assim, que surgiu o ARIZONA BAR, depois ARIZONA BIG SALOON, pela influência americaniza que trouxera à tiracolo da influência paulistana, como nos filmes de Far West. Jurandir de João Grosso, querendo nos imitar, não mediu esforços e, para concorrer, abriu o CALIFÓRNIA DRIKS, que era realmente um bar primoroso todo feito à mão como se estivéssemos realmente no velho Oeste Americano. Era um americanismo danado, até mesmo parecia que estivéssemos em Buíque, mas num pedaço do velho Oeste Americano. Mas conseguimos sobrevir. Quem começava tomar as suas no Arizona Bar, geralmente dava uma passadinha no Califórnia e vive-versa.Eram os bares coqueluches do momento em Buíque, disto ninguém pode discordar. Existia o que mais de moderno se poderia oferecer à clientela, desde música da melhor qualidade da época, às cafonices que faziam o gosto dos frequentadores.
Não tínhamos medo
de trabalhar não senhor. Era uma determinação nossa procurar vencer na
vida de verdade e de forma honrada e honesta. E foi por aí que começamos
a progredir, para, depois de uma certo tempo, Miltinho se desgostar de
Buíque por alguma razão e percebeu que o espaço de Buíque já não era
mais suficiente para o que pretendia e partiu para Arcoverde, onde veio a
adquirir uma "gagorrinha" de fazer pães, lá em São Cristovão, ainda em
meados da década de setenta e, do bar, ficou Milvernes tomando conta,
porque a essa altura, eu já vinha trabalhando do BANDEPE e também, aonde
houvera ingressado no primeiro concurso público de Buíque, e lá houvera
me tornado um bancário desde 19.11.1975, aonde ainda cheguei a
trabalhar por dezesseis anos, até ser injustamente demitido, com mais
dois mil colegas, em 1991, pelo então governador Joaquim Francisco, que
atualmente é "socialista" aliado de Eduardo campos, de carteirinha.
Ironias à parte, mas isso fez parte de toda essa trajetória de minha
vida. Ser demitido do Bandepe, quando achávamos que tínhamos
estabilidade, foi para mim e minha família própria já em andamento, foi
para mim um grande golpe, mas como já tinha me formado em Direito, não
deu outra, tive que à pulso, na marra mesmo, me iniciar no ofício da
militância do Direito para poder sobreviver e dar o devido sustento à
minha família, que já era em número de quatro filhos. A politicagem no
Banco era escancarada. O ex-governador Nilo Coelho, Moura Cavalcanti e
Roberto Magalhães, além de Marco Maciel, foram os que mais usaram o
banco politicamente e, como finanças e política estão em patamares
opostos em termos que controle de uma instituição, não teve jeito.
Joaquim Francisco, em 1991, deu início à desova do Banco Estatal, para a
bom vir mesmo a chiar nas mãos de Miguel Arraes, que junto com seu
Secretário de Fazendo Eduardo Campos, prometeram reorganizar a empresa
das finanças do Estado de Pernambuco, a bem da verdade o que fizeram
mesmo, foi vender o seu passivo podre por 180 milhões de reais, daí
pronto, o BANDEPE de tão vilipendiado politicamente para favorecimentos
políticos, não aguentou e a solução encontrada foi a liquidação pura e
simples da única instituição financeira estatal de Pernambuco.
Mesmo assim,
conseguimos sobreviver. Não talvez, sem que tenhamos que ter enfrentado
essa mancha negra no uso indevido do dinheiro público, mas o Estado bem
que poderia estar melhorado, não fossem políticas públicas
irresponsáveis e nocivas que governantes irresponsáveis sempre teimavam
em levar à cabo para atender aos seus interesses pessoais. E até que
poderíamos ter em Buíque, revivendo saudades, réplicas do ARIZONA BAR e
do CALIFÓRNIA DRINKS, sem deixar de lado, claro, o nosso saudoso CINE
NEVADA do velho Jura e, no final de contas, umas pitadas dos serviços de
alto-faltantes para a troca de mensagens e de músicas de amor, no
estilo "esta música vai de um alguém para um outro alguém que tanto
amo....". - Esse foi um Buíque burlesco de ingenuidade, de beleza e de
nobreza que não voltará jamais. Só falta um pitaco também, da política
selvagem da pedra lascada que resquícios de certos "coronezitos" ou
metidos, ainda teimavam em levar adiante. Embora tenha mudado de nome,
esse tipo de política, ainda está incrustada na cabeça de muito pseudo
democrático de algaroba que ainda povoa o nosso mundo político. Mas
viver é saudade e sem saudade, a gente não pode reviver e rememorar nada
do que aconteceu em nossas vidas. Vocês queriam que eu botasse a boca
no trombone e contasse da HISTÓRIA POLITICAMENTE INCORRETA DE BUÍQUE,
acho que não, porque muita gente não ia gostar nem um pouco, certo
camaradas!
Foto recriada por computação gráfica, do Cine Nevada, especialmente para o livro de Paulo Tarciso, na Av. Jonas Camêlo, entre os Correios e à residência de João Grosso. |

Iracema Gonçalves
Diretora Financeira da AIAPE
Emails: aiapenoticias@gmail.com ou gsjurema@gmail.com
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